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Arquivistas e biblioteconomistas aderem às novas tecnologias e renovam a profissão

Olá amigos,
hoje especialmente coloco essa reportagem retirada do site Correio do Povo que mostra um pouco sobre a minha profissão. Ao contrário do que um jornalista falou sobre todos os bibliotecários atenderem mal aos usuários, não tenho problemas com ninguém, pois gosto do que eu faço, curto os usuários, trocamos idéias e surgem amizades.
É triste ver uma pessoa generalizando toda uma categoria por causa de um profissional que nem se sabe se é realmente formado na área e se for, reclame para os órgão competentes e não saia escrevendo num meio de informação uma crítica que só faz atrapalhar ainda mais o nosso trabalho, pois só faz aumentar o preconceito das pessoas.

de Janine Souza em 13 de maio de 2012 - Matéria Especial


Foi-se o tempo em que o arquivista era aquele profissional mergulhado em documentos empoeirados e que o bibliotecário era a senhora pedindo silêncio dentro da biblioteca. Quem acha que essas duas profissões estão em vias de desaparecer por conta da era digital, engana-se. Elas passaram por reformulações, com o advento das novas tecnologias, e estão superatualizadas. Ainda, geram boas oportunidades de emprego, principalmente em concursos públicos, que chegam a pagar mais de R$ 6 mil para ambos os cargos. Já na iniciativa privada, o salário médio fica aquém desse patamar, na faixa dos R$ 1,6 mil.
A bibliotecária e arquivista Isabela Siebra Alencar observa que as vagas para esses ramos estão concentradas em empresas de grande porte, como as universidades. “A diferença do serviço público para a iniciativa privada é que o primeiro já sabe do valor desses profissionais, já a segunda desperta aos poucos para a sua necessidade”, diz ela, que é assessora do Sindicato dos Bibliotecários do Rio de Janeiro.
Enquanto isso não acontece, as poucas empresas do ramo faturam alto. De acordo com a Associação Brasileira de Gestão de Documentos, em 2011, 70 organizações dedicadas a guardar documentos de outras companhias dividiram um faturamento de R$ 1,2 bilhão no país, 20% mais que em 2010. O grupo mantém 40 milhões de caixas de papelão de padrão arquivo lotadas de informações de diversos setores, como financeiro, hospitalar e jurídico.
A coordenadora do curso de Arquivologia da Ufrgs, Maria do Rocio Teixeira, diz que os cursos de Biblioteconomia e de Arquivologia estão vivendo um momento de redescoberta. “São profissões que gerenciam documentos e muitos municípios estão precisando deles, principalmente no interior do país”, revela a professora. No RS, além da Ufrgs, essas graduações são oferecidas na Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e na UFSM (nesse caso, só tem Arquivologia).
A procura pelos cursos é baixa. No vestibular da Ufrgs de 2012, foram 3,57 candidatos por vaga na Arquivologia. Já na Biblioteconomia, foi menor ainda: 2,44 candidatos/vaga. No geral, os estudantes são recrutados quando ainda estão no meio do curso para estágio e, na maioria dos casos, efetivados ao término do contrato.
“Existe a procura por estagiários, mas não conseguimos dar conta de preencher as vagas. As instituições demandam pelos arquivistas e também aumentaram as suas remunerações, até para os estágios. Para o bacharel recém-formado, da mesma forma, temos cada vez mais oportunidades”, completa o coordenador do curso de Arquivologia da UFSM, Daniel Flores.

Além das bibliotecas

O bibliotecário tem hoje uma gama de possibilidades que vai além das unidades de informação, tornando-se requisitado no mercado


A arquivista Flávia diz que a profissão traz sempre novidades e revelações guardadas ao longo dos anos (Foto: Tarsila Pereira/CP)
No mercado de trabalho, a informação pode ser a arma do negócio. Nesse sentido, o aumento da competitividade fez com que o bibliotecário saísse das unidades de informação e de trás das mesas das bibliotecas e estendessem a sua área de atuação. “Empresas das mais diversas áreas o requisitam para buscar, reunir, organizar e facilitar o acesso à informação”, afirma Angélica Conceição Dias Miranda, presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia da 10 Região (CRB 10) e coordenadora do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).
Para quem atua na área, outra vantagem é a falta de concorrência. No CRB 10, por exemplo, são apenas 1,2 mil profissionais associados. Com os horizontes ampliados, muitos bibliotecários estão sendo contratados para organizarem tratados, estudos, documentos digitalizados. “Muitos escritórios de advocacia contratam esses profissionais para organizarem a jurisprudência. Ou mesmo hospitais e instituições de ensino médico, que reúnem grande acervo de especialidades e procedimentos, contratam os bibliotecários para pôr essa documentação em ordem”, afirma a professora Samile Vanz, coordenadora do curso de Biblioteconomia da Ufrgs.
O advento das mídias digitais contribuiu para a transformação do trabalho do bibliotecário. “Profissionais de qualquer área precisam ter conhecimentos de informática e de mídias em geral, não sendo diferente na área de Arquivo e Biblioteconomia. É cada vez mais frequente o uso das modernas Tecnologia da Informação e Comunicação no tratamento, guarda, recuperação da informação”, destaca o professor de Arquivologia, Marcelo Marques.
A lei 4.084/62, que reconhece o bibliotecário como profissional, completou 50 anos em março. O primeiro curso de Biblioteconomia no país surgiu em 1911, com a criação da Biblioteca Nacional.

Nenhum dia igual

A rotina não é a mesma. E a cada dia surge uma novidade. Pelo menos é o que garante a arquivista Flávia Conrado, de 29 anos. Natural de Cruz Alta, Flávia se formou na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), passou em concurso público e hoje trabalha na Ufrgs, onde é diretora da Divisão de Documentação da instituição. “Sempre gostei de organização. Queria fazer Biblioteconomia, mas a UFSM não tinha o curso. Fui para a Arquivologia e me apaixonei pela profissão. Quem imagina que seja estática, sem alternativas e enfadonha, se engana. Aqui, um dia não é igual ao outro. Sempre surgem novidades e coisas interessantes”, garante ela.
A arquivista conta que a maior parte da documentação é guardada em ambiente higienizado. Mas que as pilhas de papel e a poeira ainda fazem parte do cotidiano. “Quando isso acontece, usamos jaleco, máscara e luvas, os equipamentos de proteção individual”, esclarece Flávia.
Na Ufrgs, os documentos vão para o Arquivo Geral. E as pesquisas a essas informações são sempre reveladoras. “Apesar de administrativa, nossa documentação tem o aspecto cultural do patrimônio, pois guarda a vida escolar de grandes nomes do RS, como ex-alunos do quilate de Leonel Brizola, Paixão Côrtes, Mário Totta, Frederico Westphalen, entre outros”, relata Flávia.

Caminhos do conhecimento



A Internet ajuda Michelângelo a aprimorar o seu trabalho (Foto: Mauro Schaefer/CP)
Para atuar com os livros, o bacharel em Biblioteconomia Michelângelo Viana, 37 anos, foi além dessa graduação. Coordenador de Sistemas da Biblioteca Central Irmão José Otão, da PUCRS, ele também tem formação em Análise de Sistemas e em Administração e ainda tem inglês fluente. “Sempre tive a preocupação em ter um nicho específico de trabalho, por isso busquei desenvolver conhecimentos de informática. Hoje, sou responsável pela integração da base de dados da biblioteca”, relata.
A Biblioteca Central Irmão José Otão é considerada uma das unidades com mais recursos tecnológicos do Estado. “Quando entrei aqui, tínhamos 50 computadores em uma sala, Atualmente, são 350 espalhados pelo prédio, que tem sete andares. E, desde 2005, as pessoas podem acessar a biblioteca pela Internet, fazendo de casa ou do trabalho a renovação do empréstimo, acessando o acervo digital e fazendo reservas, por exemplo”, enumera Viana.
A tecnologia é algo que está aparente no trabalho do bibliotecário. “Estou o tempo todo ligado em tudo o que acontece no que diz respeito às bibliotecas. Participo de simpósios e de encontros internacionais mundo afora para me manter atualizado. Procuro na Internet assuntos relacionados e vejo como podemos aplicar aqui essas novidades”, diz.
Para aumentar a riqueza de material disponível na biblioteca, Viana divulga um dos novos empreendimentos. “Estamos desenvolvendo um projeto que reúne todas as publicações dos professores da PUCRS, o que chamamos de Repositório Institucional. E também assinamos várias revistas e livros digitais”, comenta. Sobre a profissão, Viana diz que faz falta a existência de um sindicato para a categoria. “Isso é uma coisa que precisa acontecer ainda. Mas o bibliotecário tem que ter na mente que a nossa principal função é fornecer os caminhos para que as pessoas possam acessar o conhecimento”, completa.
Reportagem: Nildo Jr – nildo@correiodopovo.com.br
Edição: Janine Souza – janinesouza@correiodopovo.com.br
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/blogs/planodecarreira/?p=200

Profissão: Bibliotecário

 

Olá amigos!
Hoje é o dia do Bibliotecário e retransmito um post do meu que escrevi há alguns anos.
Hoje passo aqui para falar um pouco da minha profissão: Bibliotecária. Pouca gente sabe, mas para ser bibliotecária(o), uma pessoa tem que se formar num curso universitário de Biblioteconomia, só uma pessoa formada (com diploma) pode atuar como Bibliotecário, está na lei e se não for cumprida, dará uma dor de cabeça e tanto para a empresa. Tem muito lugar aí que contrata Auxiliares com curso técnico em biblioteconomia no lugar de bibliotecários, essas pessoas podem até ter capacitação nas rotinas da biblioteca, mas não podem assumir o cargo de bibliotecário.

Infelizmente existe também a contratação de pessoas que nem o curso técnico possuem, são pessoas que entram jovens num lugar, aprendem a rotina na marra e  nem sabem ao certo o que estão fazendo, só fazem e pronto, essas pessoas em grande parte são culpadas pelo esteriótipo da profissão (aquela tia mal humorada de cóqui, óculos, saião e com mania de dizer Shhhhhhh), graças a esse tipo nada profissional, profissionais reais acabam sofrendo com tal esteriótipo. Mas não dá também para isentar todos os profissionais formados. Alguns, talvez por sinal de fraqueza ou falta de informação, mantém tal esteriótipo só piorando a idéia que as pessoas tem dos bibliotecários.
Trabalhei na Rede Senai e lá pude ouvir váaaarias vezes: "Nossa, você não tem jeito de bibliotecária, você é legal" - ao ouvir isso eu não sabia se me sentia lisonjeada ou chateada, heheheh. Me senti bem, ao quebrar esse esteriótipo com os estudantes que trabalhei, eles perceberam que a biblioteca é um lugar agradável  e que eles sempre são bem vindos, seja para uma pesquisa, uma leitura ou um bom bate-papo, afinal, não somos robôs e nem devemos agir como tal. Interação com a pessoas é tudo e  provoca um graaaande bem-estar.

Abaixo, um artigo super show da minha grande amiga Roberta, Bibliotecária e Analista de Mídias Sociais, sobre bibliotecários. Quem quiser conhecer o seu blog é só clicar no título abaixo, tem  uma grande variedade de coisas interessantes.


Bi-bli-o-te-co-no-mi-a = “ciência que estuda os aspectos do uso e da disseminação da informação através de serviços e produtos informacionais. Trata sobre a análise, planejamento, implementação, organização e a administração da informação em bibliotecas, bancos de dados, centros de documentação, sistemas de informação e sites, entre outros.” segundo a Wikipedia.

Sim! Bibliotecários minimamente informados sobre o processo de criação de qualquer enciclopédia, não tem absolutamente nada contra a Barsa digital.

Mas esse post não é pra falar disso. É pra falar de bibliotecários e bibliotecárias porque sinceramente, eu acho um saco o fato de ter tanta gente que sabe tão pouco sobre a minha profissão, mas também não sei se somos totalmente inocentes nessa história.

Nós, eu inclusive, somos uma espécie que nunca esteve em fase de extinção e, ao contrário do que muitos imaginam, somos encontrados nos mais diversos tipos de habitat, mas dificilmente nos “vendemos” ao mundo. Não moramos em bibliotecas, nem todos somos velhinhas de coque no cabelo e óculos fundo de garrafa (não mesmo!!!), mas dificilmente nos apresentamos assim, ou assim. Mas já que pra tudo existe um começo, foi primeiramente graças ao nosso descaso que professor em desvio de cargo e função virou sinônimo de sala de leitura, depois, foi por nossa causa que a falta de paciência e cara amarrada virou sinônimo de biblioteca pública, até que hoje, pessoas como eu e muitos colegas de profissão acabamos pagando caro pelos erros dessas tendências do passado.

Ahaa! Mas nem só de tristezas, arrependimentos e vergonha alheia vivemos nós, e quer saber porquê? WE ROCK! Ou, pelos menos, é o que diz a pesquisa que aponta as bibliotecárias como as melhores namoradas dentre todas as profissões! WE REALLY ROCK!

A melhor parte do post, além da massagem no ego, foi perceber que definitivamente um pouco da visão deturpada que as pessoas tinham sobre nós tem se modificado em meio a um processo de enorme reconhecimento ao valor dessa profissão - tão incrível, diga-se de passagem.

Agora, pra terminar, eu sugiro que você invista um pouco do seu tempo aprendendo um pouco mais sobre essa e outras profissões da área das Ciências da Informação. Você nem imagina o que pode estar perdendo. ;-)