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Tecnologias revolucionárias que salvaram a vida de animais

Amigos, veja que legal essa notícia do Techtudo.

Jacídio Júnior Para o TechTudo
É comum encontrar nos jornais os contínuos abusos que o homem promove à natureza e ao bem-estar dos animais. Só que, em alguns momentos, conseguimos virar o jogo e oferecer aos bichanos um alento, uma segunda chance.
É o caso de um promissor campo de estudo e pesquisa recente, o de desenvolvimento de próteses animais. O objetivo é auxiliar os bichos na recuperação das possibilidades de uma vida em seu habitat natural.
Animais com as próteses (Foto: Renan Dayube/ TechTudo)Animais com as próteses (Foto: Renan Dayube/ TechTudo)
Vamos conhecer nove desses casos?
Naki´o, o cachorro biônico
Naki´o é o primeiro animal do mundo a ter as quatro patas substituídas por próteses. Os membros biônicos foram desenvolvidos para trabalhar de forma natural e permitir ao cachorro realizar todas as suas atividades normais.
Porém, antes de conseguir suas próteses Naki´o passou por momentos difíceis. Após ter sido abandonado no intenso inverno de Nebraska – isso quando tinha apenas cinco semanas de vida – o cachorro ficou preso em uma poça d´água, o que ocasionou a necrose de suas quatro patas.
Naki´o passou algum tempo usando a barriga para locomover-se até ser adotado por uma veterinária que iniciou o processo de arrecadação de fundos para custear o implante das patas traseiras do animal.
No entanto, a empresa que desenvolveu o projeto das próteses, a Orthopets – uma das pioneiras no segmento -, entusiasmou-se com a possibilidade de auxiliar um animal com quatro “patas biônicas” e doou as outras duas.
O golfinho Fuji
Uma cauda de borracha. Essa é a prótese de Fuji, um golfinho com mais de 30 anos, astro no aquário de Okinawa, no Japão. Para que Fuji recebesse esse implante foi necessária uma longa pesquisa por parte de especialistas enviados pela empresa de pneus Bridgestone, que após duas tentativas chegaram ao resultado atual utilizando borracha com recheio de espuma.
09 - Fuji, nadadeiras de borrachaFuji e suas nadadeiras de borracha (Foto: Divulgação)
Um detalhe curioso: a necessidade dessa cauda protética surgiu em função de uma doença misteriosa que iniciou o processo de corrosão da cauda de Fuji. Para evitar que a complicação continuasse pelo resto do corpo do animal, os veterinários do aquário optaram por amputá-la.
Agora, Fuji já exerce praticamente todos os movimentos que realizava anteriormente e continua apresentando-se para o público japonês.
Oscar, o gato
Oscar é um gato que possui duas patas traseiras implantadas. O procedimento foi realizado pelo Dr. Noel Fitzpatrick (renomado profissional no segmento de saúde animal que atende nas proximidades de Londres) e tem como diferencial a junção entre engenharia mecânica e biologia, o que possibilita que as próteses sejam diretamente ligadas aos ossos.
De acordo com o veterinário, essa é a forma mais interessante de fazer com que o “bichano” volte a desempenhar todos os seus movimentos da maneira mais natural possível.
No entanto, mesmo com o sucesso do implante e da adaptação de Oscar a suas novas patas, ele ainda não pode sair do ambiente doméstico, pois suas próteses não foram projetadas para uso externo.
Mas mesmo com essa limitação de espaço, Oscar pode ser considerado um gato de sorte, seja por ter conseguido as próteses, seja por ter sobrevivido a um acidente com a colheitadeira que o deixou sem as patas.
A tartaruga Yu Chan
Às vezes, uma ideia simples pode ser realmente eficaz. Yu Chan é uma tartaruga marinha com próteses na nadadeira. As peças desenvolvidas para ela são compostas de proplipropileno e aço inoxidável. Materiais simples, mas que conseguem cumprir sua função de forma surpreendente.
Yu Chan, material para durar 50 anosYu Chan com suas prótesas com material que podem
durar 50 anos (Foto: Divulgação)
Yu Chan foi encontrada em uma rede de pesca sem metade de uma nadadeira e sem um terço de outra, provavelmente resultado de um ataque de tubarão. Após o resgate realizado pela Sea Turtle Association Japan, os funcionários iniciaram pesquisas para encontrar um material que tivesse tempo de vida útil estimado em 50 anos ou mais, já que essa é a expectativa de vida de uma tartaruga marinha.
A criação foi um sucesso, cumprindo todos os seus objetivos, inclusive o mais difícil: permanecer bem atada ao corpo do animal. Hoje, a simpática tartaruga tem movimentos plenos e está 100% adaptada. Yu Chan vive no aquário da instituição japonesa.
Beauty, a águia
Um pássaro sem bico. Assim estava Beauty, uma águia careca resgatada no Alasca após ser atingida por um caçador.
06 - Beauty, prótese para o bicoBeauty e a prótese para o bico (Foto: Divulgação)
Grande parte dos especialistas dizia que não seria possível recuperar o bico de Beauty. No entanto, uma equipe formada por veterinários, biólogos e engenheiros mecânicos foi convocada para desenvolver uma solução. E dessa equipe multidisciplinar surgiu uma prótese em nylon, colada sobre uma base de titânio e posteriormente colada ao pedaço do bico de Beauty. O resultado já auxiliou a águia a alimentar-se sozinha, no entanto, a equipe pretende criar um bico composto somente por titânio para que seja implantado de maneira definitiva.
Alisson, a tartaruga ninja
Uma roupa de neoprene com uma barbatana de fibra de carbono. Essa foi a fórmula encontrada para que a tartaruga Alisson – encontrada sem três de suas quatro nadadeiras – voltasse a se locomover de forma menos traumática na água.
05 - Alisson, roupa ninja para voltar a nadar Alisson usando a roupa ninja (Foto: Divulgação)
A “roupa ninja”, como os cientistas chamam a invenção, possibilita estabilidade para que Alisson possa locomover-se na água de forma básica e não só em círculos.
Porém, antes de alcançar esse resultado, os pesquisadores responsáveis por formular uma solução tentaram o uso de próteses acopladas em uma das nadadeiras entre outras ideias, mas o resultado não foi o esperado, o que fez da “roupa ninja” uma ideia realmente interessante.
O canguru biônico
Stumpy é um canguru fêmea que feriu uma das patas e precisou amputá-la. Para que sua locomoção não fosse afetada de maneira drástica, um especialista em próteses, Richard Nitsch, e um veterinário, Dr. David E. Anderson, criaram uma perna mecânica em fibra de carbono capaz de imitar o mesmo impulso da natural.
04 - Stump, prótese para pularStump usando a prótese para pular (Foto: Divulgação)
A criação foi um sucesso e atualmente Stumpy vive no Santuário da Sociedade Internacional do Canguru, em Ohio e demonstra estar bem habituada com a sua nova perna. Um detalhe interessante: a tecnologia utilizada para conceber essa prótese é idêntica a do modelo usado pelo atleta Oscar Pistorius, que irá participar das Olimpíadas de Londres.

A pônei inspiradora
Molly é um pônei especial. Após ser atacada por um Pit Bull, uma de suas patas iniciou um processo de infecção. Quando algo assim acontece, na maioria das vezes, opta-se pelo sacrifício do animal. Porém, Molly ganhou uma chance, teve sua perna com problemas amputada e recebeu uma prótese especialmente desenvolvida para o seu caso.
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02 - Moly, cuidados com a perna machucada salvaram sua vidaMoly: cuidados com a perna machucada salvaram
sua vida (Foto: Divulgação)
De acordo com o cirurgião Rustin Moore, responsável pela empreitada, a pônei dava uma atenção especial para a perna machucada e permitia que os cuidados necessários fossem tomados sem demonstrar nenhum tipo de comportamento arredio. Então, ele resolveu operá-la e dar a Molly uma prótese.
A recuperação foi excelente, a pônei se adaptou de forma única à nova prótese e atualmente é levada a hospitais, orfanatos e outros locais para inspirar as pessoas que também usam algum tipo de prótese.
Cassady, o cachorro “ossointegrado”
Cassidy era um legítimo cachorro de rua quando foi encontrado e levado para um canil sem sua pata traseira direita. Agora, depois de encontrar um lar, o animal também ganhou uma prótese inovadora, que consiste em uma base permanente de titânio que dá apoio para que a pata possa ser acoplada a ela, possibilitando movimentos idênticos a da real.
01 - Cassidy, prótese que pode ser utilizada em humanosCassidy usando a prótese que substitui a pata traseira
(Foto: Divulgação)
Todo o processo de criação da nova pata de Cassidy foi desenvolvido pelo Dr. Ola Harrysson, professor de engenharia industrial e de sistemas – responsável por pensar na parte mecânica e de desempenho da prótese. Após esse primeiro processo, foi realizada outra cirurgia pioneira nesse segmento para acoplar a peça ao cachorro.
De acordo com os pesquisadores que desenvolveram esse sistema, a peça é uma réplica óssea gerada por computador, espelhada na perna esquerda de Cassidy e implantada por meio de um processo conhecido como “osseointegration” – conexão entre osso e implante artificial. A tecnologia inovadora e pode estar à disposição dos seres humanos em breve, segundo os desenvolvedores.
Hoje, Cassidy movimenta-se normalmente e caminha horas com seu dono sem demonstrar sinais de fadiga. Com certeza, uma operação bem-sucedida.

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